quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"FIAT ARS, PEREAT MUNDUS"





Para Walter Benjamin a contemporaneidade é marcada por dois processos que apesar de caminharem lado a lado não se confundem, ele fala da proletarização e da massificação. O fascismo, em vão, tentou unificá-los fazendo uso de todos os recursos, dentre os quais o cinema, fortemente usado como instrumento de propaganda , que é visto por WB como um dos espaços onde se pode perceber que a reprodução em massa corresponde de perto à reprodução das massas. No cinema as massas se identificam na medida em que percebem os seus rostos projetados na grande tela, fato só possível em razão da técnica e da reprodução que, em muito são capazes de superar os limites da visão humana, possibilitando a percepção de detalhes jamais imagináveis.
Sem dúvida que WB encontra neste uso do cinema uma situação de estetização da política cujos esforços neste sentido somente podem convergir na belicosidade, vez que as relações de produção não se alteram, apesar das grandes mobilizações das grandes massas. A guerra é ao sentir de WB, nestes casos, a reação natural ou uma utilização antinatural da estética.


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