Se vivo ainda fosse, Marcel Duchamp, por certo, estaria vibrante com os rumos que toma a contemporaneidade, no que toca ao campo das artes. Já mostramos aqui neste blog alguns exemplos das atuais concepções de arte.
Nesta linha notável é a exposição denominada Cuide de Você que ocorreu até domingo passado aqui no MAM (Solar do Unhão- Salvador- Ba), vinda do Sesc Pompéia em SP. Sua autora, Sophie Calle, toma como mote para a sua criação um e-mail no qual o seu namorado, Gregoire Bouillier, rompe o seu affair. Legítimos ecos duchampianos.
Claro que o objeto da exposição é, não o e-mail, mas a própria autora, as várias interpretações que são dadas por dezenas de diferentes mulheres para aquela carta categórica e aquele homem. Afinal, quem é ele?
São diferentes formas de ver o outro e de ver as coisas. São inúmeras verdades que se multiplicam na própria e complexa teia das subjetividades humanas imbrincando-se nas luzes dos diversos pontos de vistas.
Sophie Calle transcende, desde 1970, quando concluiu o curso de Artes Plásticas, o convencionalismo, enveredando pela fotografia, video e literatura.
É uma daquelas pessoas nas mãos de quem qualquer coisa se transforma em arte e para quem a arte não é uma coisa qualquer. Veja, no link a seguir, um pouco do que pensa a própria Sophie. http://www.youtube.com/watch?v=7GiQW6naZg0&feature=player_embedded#
É uma daquelas pessoas nas mãos de quem qualquer coisa se transforma em arte e para quem a arte não é uma coisa qualquer. Veja, no link a seguir, um pouco do que pensa a própria Sophie. http://www.youtube.com/watch?v=7GiQW6naZg0&feature=player_embedded#
Somente vendo para perceber a complexidade contemporânea da sua obra. Formidável .