Ja se tornou lugar comum a afirmaçao de que a vida nao e brincadeira. Mas sera que deveriamos levar a vida tao a serio? Sera que nao se pode ampliar as possibilidades de vive-la com menos dureza e sofrimento. Herdamos, da nossa herança judaico- crista, o sentido de que somente o trabalho, e aqui entende-se trabalho como toda a atividade "produtiva" capaz de prover as necessidades mediatas e imediatas, pode realizar o homem. Logicamente, ve-se claramente que esta percepçao e excludente. Nao cogita espaço para a brincadeira e outras manifestaçoes que, diretamente nao resulte em algo pronto e acabado para o mundo da realidade concreta.
Esse comportamento traz em si um que de contradiçao. Em todas as civilizaçoes, registtre-se, as grandes atividades arquetipicas sempre foram marcadas pelo jogo, pelas brincadeiras e celebraçoes. O gozo nao pode ser excluido do fazer humano em qualquer das suas modalidades. Para Huizinga( Homo Ludens) os jogos "sao os mais nobres dons de percepçao estetica de que o homem dispoe. Sao muitos e bem intimos os laços que unem o jogo e a beleza".
Comungamos com o filosofo e, com toda a ousadia do mundo, acrescentamos a sua fala a opiniao de que estamos em um momento historico em que perdemos grandes oportunidades de tornar o ludico uma presença mais que marcante em todos os nossos fazeres. Da produçao que requeira a força fisica ao mais elaborado labor intelectual todas essas atividades podem adquirir grande fluidez quando consorciadas ao ludico.
Enxergar a vida nao como um fardo pesado mas como oportunidade de realizaçao e de prazer pode fazer uma grande diferença. Existem relatos de que aqueles que se dao a oportunidade de aproveitar com regularidade momentos de diversao e de lazer apresentam menores taxas de estresse e de problemas de saude e alem disso, produzem mais. onde portanto, se encontra o no que impede a ludicidade ...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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